domingo, 9 de março de 2008

UM SONHO ACIDENTAL


Canto o desespero de não te ter aqui

como o poeta canta a liberdade

que sabe estar bem perto e não detém


Canto a fome dos teus beijos ávidos

e o tempo enorme que separa

o teu corpo esquivo da sede dos meus lábios


Canto a tarde em que nos descobrimos

e por momentos acredito que é possível

transportar para aqui toda a ternura

dessa tarde

como se fosse possível repetir

de olhos abertos um sonho acidental


Será o Amor um sonho acidental ?


PLAUTO

22 comentários:

Branca disse...

Não, o amor nunca é um sonho acidental? Algo tão belo nunca pode ser acidental.
Belíssimo poema!
Um abraço

Branca disse...

Peço desculpa, corrijo a interrogação acima, que pretendia ser uma afirmação. O amor nunca é um sonho acidental.
Penso que isso ficou entendido.
Vou dar mais uma voltinha neste blog que já percebi ser muito interessante.
Um abraço

Anónimo disse...

Nunca é acidental quando é de fato Amor e muito menos sonho. Maktub.

Menina Marota disse...

O Amor nunca é acidental...é um sentimento espontâneo, que nasce mesmo sem querermos...

Um abraço ;)

Isamar disse...

E há lá coisa mais bonita do que amar e ser amado? E se acaso o Amor for sonho acidental não poderá transformar-se na mais bonita das realidades?
O Sonho é uma constante da vida.E sempre que o homem sonha o mundo pula e avança. Lá dizia o poeta António Gedeão.Fascinante, este teu poema, Fernando.
Bem Hajas, POETA!
Beijinhossssss

Poesia Portuguesa disse...

Espero que não te importes que tenha levado "emprestado" um texto teu.
Algum inconveniente, o mesmo será retirado.
Um abraço carinhoso ;))))

Paula Raposo disse...

Através do Poesia Portuguesa chego aqui. Porque me encantei com o que li, lá. Quem escreve assim tem a sensibilidade a perfurar-lhe todos os poros... Abraço.

A.S. disse...

Meu caro Fernando

As minhas palavras serão sempre supérfluas perante a beleza do poema!

Um grande abraço meu amigo!

Albino Santos

Paula Raposo disse...

Voltei para ler. Boa Páscoa. Beijos.

Anónimo disse...

Venho deixar-te um rubro cravo de Abril com aroma de Liberdade.

Mil beijinhossss

Sophiamar

Menina Marota disse...

Vinha em busca de mais poesia...

Um abraço ;)

Isamar disse...

O amor é o sonho que nos alimenta a vida. Um "acidente" que temos de alimentar para que não sucumba.
Beijinhos

Um Certo Olhar disse...

no eco do silêncio há erotismo, sensualidade e amor.
vem.

bjos

um certo olhar

Menina Marota disse...

Vim na saudade de ler as suas palavras e esperar que elas continuem a encher o seu coração e estas páginas.

Beijinho e que tudo corra bem ;))

Isamar disse...

Regressa, amigo! Ficamos todos mais ricos com os teus poemas.

Beijinhos

Branca disse...

Deixo um beijo de eterna saudade neste dia em que parte para sempre da nossa presença e ficamos mais pobres por isso.
Voltarei sempre aqui para reler os seus versos.

Isamar disse...

Deixo um beijo enorme e um abraço que hás-de receber lá onde estás. Encontrar-nos-emos, Fernando, querido amigo.

Até sempre!

Menina Marota disse...

Obrigada por ter me ter dado o privilégio da sua Amizade.

Até um dia, Fernando Peixoto.

Stella disse...

Quando passei pela primeira vez pelo Arca de Ternura, fora uma casualidade. Procurava por uma poema que falasse da Grécia Antiga... encontrei poesia e magia em transcedentais palavras.
Depois desse período, busquei acompanhar cada novo texto... sempre era bom ver a sensibilidade de uma pessoa alcançando milhares de outras, famintas do que ele dizia.
Assim, eu, chamada Dominique, venho até aqui também, no Eco do Silêncio, render minha humilde homenagem à pessoa e ao poeta Fernando.
Peço desculpas pela ousadia, mas sinto que ele há de fazer falta. Contudo, o que deixou mudou a vida de pessoas que ele conhecia - e de ilustres desconhecidos como eu. Meus sentimentos a todos que o amavam e minha gratidão por ter tido a dádiva de conhecer - ainda que apenas por meio de suas palavras - este ser humano tão encantador.
À família, um abraço fraterno e solidário
À você Fernando, onde estiver, meu obrigada e até um dia

Fernando Peixoto disse...

O tempo passa, a memória fica!
Por vezes, nos nossos intensos encontros, quantos desabafos preenchiam o fulcro das nossas atenções...
Tantos alertas, tantas confidências, quantos desabafos...
Inúmeras vezes me dizias: aprende com os erros, alerta para os perigos, CUIDADO COM OS ABUTRES!!!
Agora, no covil do lobo, cuidado com as sombras!
Queirós elucidar-nos-ia com a sua superior ironia...
Quando a chuva passa, a trova fica, a paixão clareia...
Pai, obrigado por tudo. Pela confiança, pelo desabafo, pela cumplicidade.
Doa a quem doer, serás vingado, honrado, enaltecido!
Até sempre...

Fernando Peixoto (filho)

Bere disse...

Oi gostaria de dizer que emprestei uma foto do teu texto!!!Foi qndo conheci tua poesia!!Maravilhoso vc fala com a alma!!parabens!!!vou estar te acompanhando!!!Feliz Ano Novo!!!!

Menina Marota disse...

E ficam as palavras...
E fica a lembrança e a saudade que não morre no coração.

Estarás sempre comigo, meu Amigo!