
Porque não tinhas pela água o entudiasmo dos peixes, quedaste-te sobre a areia agarrando o vento, entre nesgas de sol e duendes antigos.
Amas mais as flores, eu sei, porque vês em cada flor o mistério do cio das abelhas, e em cada onda um náufrago, um barco destroçado.
Eu sei... eu sei... sei que sabes e não dizes, porque as palavras são sempre como as nuvens:
tarde ou cedo caem por si mesmas.
Porque é que sabemos tanta coisa, se desperdiçámos uma tarde a ruminar silêncios?
PLAUTO
4 comentários:
Mas que bem! Estou a ficar perdida por estes poemas.
Há silêncios enriquecedores!
Este poema não sei porquê fez-me lembrar Eugénio de Andrade, o poeta do Amor, dos silêncios, do tudo...
Até breve.Não sei se hoje vou ter tempo de ver muito mais, mas voltarei.
Beijinhos
Os silêncios têm seu Morse... que outros ouvidos não os violem.
"...Porque é que sabemos tanta coisa, se desperdiçámos uma tarde a ruminar silêncios?"
Há silêncios de que gosto e outros, simplesmente tento esquecer...
Excelente esta contemplação...
Gostei!
Um abraço ;)
Há silêncios que valem por mil palavras. Há olhares, há sentires, há aromas, há sons que estabelecem as pontes do amor.
Mais um poema que me transporta nas asas do desejo para um mundo que é só meu.
Obrigada, POETA!
Beijinhosssss
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